17/01/2009

Goya

O encontro entre um mestre do cinema e um mestre da pintura só podia resultar numa obra-prima. Goya, de Carlos Saura, mostra que o cinema pode ser algo mais do que apenas um bom roteiro. Pode ser, afinal, conversar com Deus. Aqui, realiza-se aquilo que já fora percebido pelos pioneiros: tudo é imagem. E Saura se esbalda: usa de um colorido sanguíneo para reverberar o Goya gravurista, fazendo do retângulo luminoso um espaço para exercícios de luz e cor. A narração é episódica, não linear, usa e abusa da narração em off, misturando vozes num contraponto feliz. O clima geral é barroco, não há movimentos pernósticos de câmera, a ênfase é para a performance de Francisco Arrabal, magistral. E há também o comentário metalinguístico, no momento em que Goya diz que a arte é o espaço mágico onde tudo é possível. Falava, também, do cinema. Se faltava o grande filme sobre cinema e pintura, aí está. Obrigado, Saura.

5 comentários:

  1. Eu já morri quando vi Flamenco de Saura, imagina assistir Goya! MORRO duplamente. Preciso dessas mortes constantes.

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  2. Xii não sei se meu comentário anterior foi, se não foi aqui está:
    Eu já morri assistindo Flamenco do Saura, imagina assistindo GOYA! Morro duplamente! Preciso dessas mortes constantes.

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  3. Não morra, Alice, precisamos de você por aqui. Rárárá. Apenas tenha um orgasmo, é o bastante.

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  4. Maravilhoso!!!!!!!!!!
    Deslumbrante!~
    É proibido morrer sem ter visto Goya...kk

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  5. Maravilhoso!!!!!!!!!!
    Deslumbrante!~
    É proibido morrer sem ter visto Goya...kk

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