Pílulas sobre cinema, arte, hqs e cartuns, comentários efêmeros, confissões inconfessáveis, movimentos barrocos, delírios, divagações, elucubrações e exibicionismos baratos.
21/04/2008
Apenas uma vez
Once (Apenas uma vez) é mais um musical com roupagem nova. A trajetória de um cantor (chato) para formar uma banda (chata) e fazer sucesso serve de pretexto ao filme, que adota um estilão mais “realista”, à diferença de outros que comentei aí embaixo. Tomadas de câmera tremidas, cenas meio escuras, o filme segue a cartilha atual do que se entende hoje por realismo, sem a radicalidade de um, digamos, Robert Bresson, afinal, precisamos faturar. Então o rapaz encontra a garota, mas ambos estão ligados a relacionamentos antigos e não querem rompê-los. Cada um com a sua dor, eles estão empenhados mesmo é em fazer música, o que rendeu ao filme um Oscar de melhor canção (chata). Não quero cobrar verossimilhança a um filme como esse, mas, a certa altura, a moça pobre, em cuja casa vizinhos pobres e imigrantes vêem televisão, aluga nada menos que um estúdio para gravarem um CD. O final, pelo menos, evita o clichê: o cara volta para a ex, e a moça volta para o maridão. A banda, porém, acabará fazendo sucesso, como deve ser num musical (chato).
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