Pílulas sobre cinema, arte, hqs e cartuns, comentários efêmeros, confissões inconfessáveis, movimentos barrocos, delírios, divagações, elucubrações e exibicionismos baratos.
04/05/2008
O sonho de Cassandra
O sonho de Cassandra tem uma trama em certos pontos até previsível. Porém, o modo como Woody Allen conduz o filme é magistral. Num roteiro bem trabalhado, Allen lembra Billy Wilder em Pacto de sangue (1944), fazendo com que o espectador se identifique com os protagonistas e torça por eles quando se tornam assassinos. Alguém ainda encarna a ética, num mundo onde só parece haver corruptos: é o irônico pai, alter ego de Allen. A punição vem rápido, num desfecho nada trivial, na forma da auto-destruição dos personagens centrais. Allen está velho e cada vez mais corrosivo: por pouco, não se trata de um filme noir.
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