Pílulas sobre cinema, arte, hqs e cartuns, comentários efêmeros, confissões inconfessáveis, movimentos barrocos, delírios, divagações, elucubrações e exibicionismos baratos.
10/02/2009
Revi o "Yellow submarine" dos Beatles pela enésima vez. Alguns desenhos ainda parecem fantásticos (a animação é soberba, uma obra-prima da psicodelia), mas a impressão geral é que tudo soa um pouco datado. O "peace and love" do filme é puro devaneio, especialmente quando se pensa nas guerras que rolavam na época. Os "azuis" surgem como uma clara referência ao comunismo, embora inconfessada. Isso não seria problema se a antítese aos "azuis" não fosse tão falsamente estável, pacífica, bonitinha e bucólica. (Mais tarde, esse apelo a um mundo nirvânico, lindinho e florido sucumbiria miseravelmente, sob a consciência anárquica dos punks, críticos ferrenhos da monarquia e do capitalismo pós-industrial.) Engraçado, até a música parece agora datada. Os desenhos, entretanto, conservam frescor e genialidade. Sabem o que acho? Os desenhistas poderiam ter feito miséria com toda a tecnologia, grana e disposição que tinham no período. Mas aí veio um roteirista, talvez egresso da publicidade e, abençoado pelos Beatles, bolou aquele script fuleiro...
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Um comentário:
Pra constar, eu odeio Yellow Submarine. E eu acho que é tudo culpa do Maharish 'Anta' Mahakesh. Aliás... não, é culpa dos próprios Beatles por serem tão alheios da realidade!
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