Pílulas sobre cinema, arte, hqs e cartuns, comentários efêmeros, confissões inconfessáveis, movimentos barrocos, delírios, divagações, elucubrações e exibicionismos baratos.
11/02/2009
É preciso fazer alguma justiça a "Yellow submarine", entretanto. É um filme de baby-boomers, gente ainda sob a influência do pós-guerra. Veem-se, muitas vezes, os azuis a bombardear a cabeça de um general ou coisa assim (talvez o próprio Sargento Pimenta). Trata-se, sem dúvida, de um herói de guerra inglês. O que o filme parece querer dizer, afinal, é que está-se em outro tempo, um tempo em que a hegemonia (no sentido gramsciano) dos países ocidentais (dos aliados, enfim), vai se dar, agora, pela via da cultura e não à custa de chumbo. Era a mensagem da época: revolucionar, subverter a cultura, por que é nela que repousam, latentes, todos os males do mundo. Mas "Yellow submarine" subverte, ao se manter fiel à historinha linear e maniqueísta? Claramente não. O filme só resiste, então, como testemunho da extraordinária criatividade e domínio técnico dos desenhistas, os grandes responsáveis pelo seu sucesso.
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Um comentário:
eu não suporto yellow submarine! hahaha to ouvindo o white album agora... mas o desenhinho é... óquei.
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