20/10/2008

Estou lendo um livro impressionante: Pós-guerra: uma história da Europa desde 1945. Tony Judt, historiador na linha do Hobsbawn diz, entre outras coisas, o seguinte sobre a Segunda Guerra: “Conflito algum registrado pela História matou tanta gente em tão pouco tempo” (...) “Estima-se que cerca de 36,5 milhões de europeus sucumbiu, entre 1939 e 1945, de causas relacionadas com a guerra (o que equivale à totalidade da população da França quando o conflito explodiu).” Mais: "No Leste e Sudeste Europeu, as forças de ocupação alemãs foram impiedosas, e não apenas porque a resistência local – na Grécia, na Iugoslávia e na Ucrânia, especialmente – travava contra elas uma batalha tão incansável quanto inútil. No Leste Europeu, as conseqüências materiais da ocupação alemã, do avanço soviético e da ação da resistência foram, portanto, de ordem bastante diversa em relação à experiência da guerra no Ocidente. Na União Soviética, 70 mil vilarejos e 1.700 cidades de pequeno porte foram destruídos durante a guerra, além de 32 mil fábricas e 64 mil quilômetros de ferrovias...” E Judt continua sua contabilidade sangrenta enumerando os prejuízos na Grécia, na Iugoslávia e na Polônia. São números assustadores. É...o diabo não tira férias.

Um comentário:

Alice Salles disse...

Nem o diabo nem os negociantes dele....