06/06/2009

Yes, nós temos banana

No Brasil faz-se o chamado filme pornográfico de pobre. Planos longos e tediosos, pouca (ou nenhuma) ação dramática, locações horríveis, montagens deploráveis. Interessa mostrar aquilo em cima daquilo, em planos-detalhe acintosos. Uma sonda ginecológica faria melhor. Mas o que me choca mesmo, o mais das vezes, é ver como tudo se revela tão pobre e simplezinho. Não consigo deixar de pensar na vida miserável daquela "atriz" e em como ela teve de passar o diabo para chegar a fazer o que faz. Não consigo deixar de imaginar, por exemplo, seus dois filhinhos em casa esperando a mamãe trazer pra casa a féria do dia. No pornô brasileiro, é interessante notar, ainda, uma prosaica opção por valores domésticos e nacionais (mais por falta de grana do que por altivez): em vez dos vibradores supermegapower dos americanos, aqui temos humildes cenouras, bananas e patéticos balões introduzidos em moças com caras de "o que é que eu tô fazendo aqui?". Em vez das homéricas orgias ultra-tecnológicas norte-americanas, damos preferência a sexo com galinhas, anões, cavalos e cachorros. Como diria o Paulo Francis: waaaalllllll...

2 comentários:

Alice Salles disse...

ai...
e até na arte desumanizada e animalesca se vê a pobreza da farinhada tupiniquim de araque.

Paulo Barbosa disse...

É, Alice. A situação é caótica.