09/05/2008

Vertov

De todos os visionários (re)inventores do cinema, um dos que mais gosto é Dziga Vertov. Na década de 20, lançou um manifesto atrás do outro, todos perpassados de inflamado espírito moderno. Quem não se lembra do "Cine-olho", que gerou a reação do Eisenstein, propondo o "Cine-punho"? Revolucionário engajado, Vertov pensava o cinema como um meio instituído da missão suprema de revelar a realidade. Detestava a ficção, considerando-a, como a igreja, mais um dos ópios do povo. Para Vertov, o documentário seria o gênero adequado para construir o novo homem socialista. Não foi muito levado a sério na época, mas hoje seu filme "Um homem com a câmera" está entre as melhores coisas que o cinema já produziu. (Depois transcrevo uns trechos do interessantíssimo "Manifesto dos Knoks".)

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